segunda-feira, 2 de março de 2015

Estou bem?

Você quer saber como estou?
Poderia dizer tristeza, mas é pouco...
Talvez amargura, aflição, agonia
Consternação ou desgosto...
Mas também é pouco

Olhei o dicionário, mas nem ele me socorreu
Talvez possa tentar descrever...
É como se alguém tomasse a cada momento uma dose da pior dor
Sentir múltiplas agressões descompassadas
E ao mesmo tempo uma corrosão ácida incessante.
A garganta fechada para a saliva que está seca
Tudo isso acompanhado de um imenso vazio profundo

Mas tudo isso parece bobo perante as injustiças do mundo
Banal frente a fartos exemplos de desventuras
Mas veja bem!
Almas que deveriam caminhar juntas estão separadas
Amores perfeitos desfeitos, sorrisos calados
Privar o que faz esse mundo valer a pena
Pares que não mais se cuidarão
Sonhos censurados, expressões de carinho proibidas
Uma das maiores paixões de todos os tempos enterrada a sete palmos

Mas vou vivendo e vou seguindo em frente
Sem saber por que acabou tão de repente
Carregado por amigos por caminhos paliativos
Que aumentam a dor e o desespero
Sem saber o que fazer
Sem saber o que dizer
Ainda assim dispensando radicalmente quaisquer tipos de compaixões
Mas precisando urgentemente do seu amor para ser salvo



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